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O Protegido.

6
Posted 09/29/2016 by in Fantasia

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Nota:
 
 
 
 
 

3/ 5

Sumário

Genero:
 
Autor:
 
Editora:
 
Idioma Original:
 
Título: Ciclo das Trevas: O Protegido.
 
Título Original: The Warded Man.
 
Tradução: Petê Rissati.
 
Edição: 2015.
 
Páginas: 512.
 
Capa: Larry Rostant / Retina 78
 
Resumo:

Parece haver dois livros distintos em O Protegido: o primeiro encanta, mas o último, infelizmente, deixa um gosto amargo na boca.

by Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo
Full Article

6 Comments


  1.  
    Hoxton Hoxworth

    Triste. Esse tipo de coisa acontece direto com bons livros que começam de maneira fantástica com personagens interessantes, mas da metade pro final desandam, se contradizem ou simplesmente “tocam o foda-se”. Uma cena de estupro até faria sentido em um livro que tenta passar uma imagem sombria e de certa maneira real do mundo, porém como foi descrito, a cena de estupro foi gratuita e contraditória, nível “Ride to Hell”. Esse tipo de coisa geralmente acontece quando o autor sofre um bloqueio criativo e larga o projeto por um tempo extenso, e mais tarde retorna e continua escrevendo, e as vezes quando a editora pressiona o autor com um prazo de entrega curto demais. Continuo interessado nessa série.




  2.  
    Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo

    Agradeço os comentários! Sim, o autor até revela que sua intenção foi justamente passar essa imagem “realista” de mundo. O problema, como você apontou, foi a cena não funcionar narrativamente. Além disso, usar estupro meramente para choque é um imenso desserviço com as personagens femininas. No momento, estou lendo a continuação, Lança do Deserto, e nesse quesito o autor só piora. Parece que, de fato, tacou um foda-se, quase que obrigando todas suas personagens femininas a passar pela “experiência”. E o tratamento narrativo que ele dá às cenas é ainda mais grave. Abraços!




  3.  
    Antonio Maia

    As escolhas da tradução podem ser questionáveis, mas talvez estejam de acordo com o público da obra. Quanto à revisão, acho que a “crítica” está ignorando que as duas palavras frisadas como erradas, por exemplo, existem e cabem no contexto citado. Terceiro: não se esqueça que o livro passa pelas mãos de muitas pessoas, principalmente quando se trata de emendas. O próprio revisor, o editor e o diagramador podem, às vezes, se equivocar. Acontece, e é uma infelicidade. Incompetência é outra história.

    Os comentários feitos aqui são deselegantes, para dizer o mínimo.




    •  
      Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo

      Olá, Antonio! Agradecemos o comentário!

      Sobre as palavras sublinhadas, elas infelizmente não cabem no contexto. A palavra”expectadores” está como tradução de “onlookers”, ou seja, deveria ser “espectadores”: aqueles que assistem a algo e não aquelas que estão a espera de algo. Já “enfestar” tem significado de aumentar/fazer crescer ou dobrar, o que não faria sentido no caso. O correto seria “infestada”. Portanto, são erros de ortografia sim. Ou de digitação se preferir.

      Quanto ao fato de várias pessoas trabalharem em uma tradução, estamos cientes disso. Em nenhum momento faltamos com respeito com elas, apenas apontamos alguns erros no trabalho, o que faz parte de nosso dever. Também achamos lamentável quando erros ocorrem e é justamente ao apontar um erro que se dá a chance de ele ser consertado.

      E para expandir um pouco a ideia de que o crítico não deve se abster de apontar os problemas de uma obra cabe a famosa frase de Pauline Kael: “Nas Artes, a única fonte confiável de informações é o Crítico. O resto é publicidade”.

      Abraços!




  4.  
    Antonio

    Rodrigo, obrigado pela resposta.

    Sim, você tem razão. Eu já tinha conferido o trecho no original, no Google Books. Porém, ainda assim, creio que não houve “erro”, mas “adaptação”, como ocorre em muitos outros trechos, não exatamente iguais ao original (o que, sabemos, nem sempre é possível numa tradução). Como você mencionou, seria um erro muito “patente” para não ter sido “intencional”, e, até onde pude apurar (confesso, não li o livro inteiro), só vi um ou outro erro de digitação, também compreensível, apesar de lamentável.

    Ou, claro, posso estar sendo indulgente ao extremo e, de fato, os erros ocorreram e ponto.

    Como escritor, já me deparei com erros em minhas publicações, os quais, posteriormente, percebi terem sido meus, e que a revisão, para minha infelicidade, deixou passar. Certa vez confrontei um editor a esse respeito. Obviamente, estava aborrecido. Ao analisar a prova, no entanto, percebemos que o erro foi do diagramador, que não bateu a emenda. Talvez seja esta a razão da minha “indulgência”: a consciência de que há muita gente envolvida, às vezes ao mesmo tempo, na produção de um livro.

    Também como tradutor já me deparei com “erros” de “terceiros”: a orelha de um livro, que também ajudei a editar, apresentava um “problema” de regência que, eu sabia, não estava no texto original que preparei. Era, na verdade, um “problema” em parte, já que a regência alterada não alterou também o sentido do que eu pretendia dizer (ou melhor, traduzir). Procurei “investigar” o ocorrido, e me disseram que o texto da orelha foi diretamente para a diagramação. Alguém, em algum momento, redigitou aquele texto, ou o alterou “para caber”. Sinceramente não sei o que houve, ou quem foi o responsável. Mas pus na conta. Por isso comentei que o seu comentário foi “deselegante”, como, em tempo, devo admitir que foi o meu. Desculpe-me.

    Abraços.




    •  
      Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo

      Agradecemos novamente sua participação, Antonio.

      Seu comentário joga uma outra luz sobre algumas das dificuldades do processo de edição e tradução e mostra como é difícil apontar o culpado por um erro ou deslize em todo o projeto. Pode ter certeza que tomaremos cuidado com isso e reclame se acabarmos sendo injustos em alguma crítica.

      Espero que volte mais vezes ao site.
      Aguardamos sua participação e críticas!





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