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God of War 2.

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Posted 11/30/2018 by in PS2

Rating

Nota:
 
 
 
 
 

4/ 5

Plataforma: ,
 
Título: God of War 2.
 
Publicador: Sony.
 
Desenvolvedor: SCE Santa Monica Studio
 
Duração Média: 12 horas.
 
Lançamento: 13/03/2007.
 
Diretor: Cory Barlog, David Jaffe.
 
Compositor: Gerard Marino, Ron Fish, Mike Reagan, Cris Velasco
 
Roteirista: Cory Barlog, James Barlog, Marinanne krawczyk.
 
Resumo:

God of War 2 é um jogo de ação envolvente e épico que faz jus à força de seu predecessor. No entanto, em algumas áreas ele poderia ter ousado e ido um pouco mais além.

by Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo
Full Article

God of War 2 é uma sequência segura que aposta nos mesmos temas e elementos do primeiro título, trazendo um protagonista violento movido por vingança e um sistema de combate simples mas eficaz, expandindo apenas o escopo da aventura. Apesar disso, o título trabalha bem suas ideias e ainda traz algumas originais, embora pudesse tê-las desenvolvido um pouco mais.

O protagonista, Kratos, depois de tornar-se o próprio deus da guerra, não consegue controlar seu instinto violento e sua sede de sangue, fazendo guerra por todas as terras que atravessa. Consumido pelo ódio, o guerreiro torna-se justamente aquele que mais desprezava: uma segunda versão de Áries como deus da guerra. Para conter a violência do espartano, então, Atena e Zeus tramam sua derrocada, embora alguns titãs tenham outros planos para Kratos.

O jogo se inicia de forma bombástica, cimentando esse tipo de introdução como uma característica da franquia, ao colocar o Colosso de Rodes, controlado por Atena, dizimando uma cidade à procura de Kratos. O herói começa apenas atingindo pequenas partes do inimigo, como mãos e olhos, deixando cicatrizes no rosto de metal, mas logo consegue adentrar o inimigo e, percorrendo todo seu gigantesco corpo, derrotá-lo completamente.

Há um cuidado especial com a construção do senso de escala em God of War 2: enquanto ele caminha pelas correntes que prendem gigantescos cavalos de pedra a um templo, por exemplo, a câmera vai se afastando de Kratos, deixando-o diminuto diante de tamanho cenário. Essa é uma técnica que o título anterior já utilizava, mas que não perde sua força aqui e nem irá perder em sua sequência direta.

Kratos, como personagem, é uma força da natureza, destrutiva e implacável. Sua falta de empatia típica se traduz na própria jogabilidade: cadáveres de seus colegas espartanos, por exemplo, são ferramentas para o protagonista, objetos para se colocar em cima de dispositivos de pressão e usados para ativar engenhocas mecânicas sangrentas. Quando encontra Prometeus no início da aventura, o espartano tenta salvá-lo de sua prisão, embora esse salvamento, tratando-se de Kratos, não é desprovido de violência. Paz é um conceito alienígena ao personagem. Quando ele encontra Ícaro, a primeira coisa que passa em sua mente é arrancar as asas do sujeito e colá-las em si mesmo. O importante para Kratos é alcançar seu objetivo, não importa o que seja necessário para isso e quem esteja em seu caminho.

Comparado ao título anterior, o elemento de aventura é mais acentuado devido a mais lugares diferentes serem visitados: da prisão vulcânica de lava de Atlas às montanhas sob neve que guardam o sofrimento eterno de Prometeus, os ambientes que Kratos atravessa durante o jogo são os mais variados possíveis, passando por florestas, templos e cavernas escuras.

Lugares estes sempre povoados por criaturas monstruosas retiradas da mitologia grega. Em God of War, minotauros e medusas são inimigos comuns, enfrentados e destruídos aos montes por um sistema de combate simples, mas eficaz, que continua alternando entre apenas dois tipos de golpe – fraco e forte – em um número pequeno de combos. Trazendo três armas adicionais, e algumas magias, God of War 2 tenta se afastar de qualquer reclamação de mesmice, mas não explora o quanto devia esses elementos: a arma principal de Kratos continua a mesma, as Lâminas de Atena, com basicamente os mesmos combos, e o título não oferece incentivos para não usá-la o tempo inteiro. Se o jogador quiser diversidade, ele terá que buscar por si mesmo, pois não há inimigos mais vulneráveis para essa ou aquela arma extra, morrendo tão facilmente para a principal quanto para elas – que, aliás, exigem muitos pontos de experiência para serem melhoradas, em comparação à escala mais gradual de melhoramento das lâminas, o que acaba servindo como um incentivo a não usá-las muito.

Com relação ao level design labiríntico do título anterior, que era montado por diversas armadilhas e aparatos mecânicos mortais, God of War 2 traz as mesmas ideias: lâminas giratórias, rolos compressores e, o principal, espinhos-colados-em-coisas-que-baterão-no-protagonista. Um elemento novo introduzido é a habilidade de se parar o tempo perto de determinadas estátuas, permitindo passar por obstáculos antes intransponíveis. No entanto, essa é uma habilidade que pouco evolui: ela sempre será usada para permitir que Kratos avance sobre algum aparato que está agora temporariamente desativado ou passar por uma porta antes que a mesma feche. Alguns enigmas envolvem fazer a estátua aproximar-se dos obstáculos, mas a dificuldade nunca vai além disso.

Trazendo uma boa reviravolta final, que entrega um elemento trágico para o ciclo de violência eterno de Kratos, God of War 2 conclui sua história com um gancho para sua continuação, prometendo um aumento ainda maior da escala do conflito .

God of War 2 é um jogo de ação e aventura envolvente que faz jus à força de seu predecessor. No entanto, em algumas áreas ele poderia ter ousado e ido um pouco mais além.

por Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo

30 de novembro de 2018

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Rodrigo Lopes C. O. de Azevedo


One Comment


  1.  

    Muito boa a review, tinha pontos que nem lembrava depois de tanto tempo sem jogar.





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